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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Fofoca: prazer momentâneo, prejudicial a longo prazo

Fofoca: prazer momentâneo, prejudicial a longo prazo
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Uma pesquisa europeia feita em 2010 mostrou que a fofoca levanta a autoestima do fofoqueiro e o faz sentir amparado. Será? A psicóloga Anette Lewin não concorda. Para ela, é um efeito momentâneo. “O mais comum é a pessoa sentir uma certa satisfação com a fofoca, afinal, pimenta nos olhos dos outros é refresco, mas daí a aumentar a confiança em si mesmo tem uma grande diferença”, diz ela.
É mais fácil falar do outro do que olhar para si. “O fofoqueiro não se conhece. Seu prazer é buscar na vida alheia interesses que ele julga não ter. Por exemplo: é mais simples criticar o comportamento de uma pessoa que está se destacando do que ir atrás do seu sucesso”, afirma Anette.
Essa insegurança só causa transtornos, diz a psicóloga especializada em psicodrama Marina Vasconcellos. “Ao invadir a privacidade de todo mundo, ele se torna antipático e sozinho, pois ninguém quer aprofundar uma amizade com alguém assim.”

À toa na vida
Mas até que ponto a fofoca é papo de quem não tem o que fazer e quando se torna prejudicial? “Comentar sobre o namoro de uma personalidade, uma notícia que saiu na mídia, sem pretensões, é natural. Mas quando a pessoa começa a ter prazer com o desprazer do outro, a se intrometer para causar mal estar, é hora de olhar para o próprio umbigo”, afirma Marina Vasconcellos.
O primeiro passo é se aprofundar nas suas questões pessoais. “Ao fazer isso, a pessoa pode perceber que está criticando justamente o que não gosta em si mesma. Ela joga para o outro o defeito que não consegue aceitar que tem”, explica Anette. Além disso, fofocar é um comportamento indelicado, de quem se sente melhor do que os outros, pega mal e passa a imagem de que a pessoa não tem nada mais importante na vida para fazer.
Fonte:UOL Estilo.